sexta-feira, 20 de julho de 2007

Edvard Grieg (1843-1907)


No seguimento da chusma de boas notícias com que me tenho deparado, tomei conhecimento hoje pelo almoço que os meus pais, de vez em quando, passam por aqui. Assim sendo, e porque o meu pai, um classicista confesso e compulsivo e o maior resistente ao rock de que há memória, é o principal responsável pela minha dedicação à música, vou deixar aqui umas linhas sobre Edvard Grieg, sobre o qual sei que partilhamos a mesma opinião.

Mais uma vez insisto que não sou grande ouvinte de música clássica, mas há uma ou duas excepções... Grieg foi um compositor romântico norueguês que criou uma das mais belas peças de todos os tempos. Falo do primeiro movimento da primeira suite de Peer Gynt, chamado Morgenstimmung, em allegro pastorale, e que representa o nascer do sol.

Existem coisas dificeis de explicar através das teclas e as sensações que o Morgenstimmung desperta são, claramente, uma delas. Quantas vezes eu me deitei no chão, pus o disco a tocar bem alto, fechei os olhos, e me senti - sem que fizesse qualquer esforço imaginativo para tal - deitado na floresta, rodeado de árvores e imerso no cheiro da natureza, ouvi os pássaros a acordar e a começar a esvoaçar à minha volta, o sol calmamente a subir ao crescendo da música e o consolidar do novo dia de Grieg. Experimentem, e vão ver que é verdade.

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