"Make a joke and I will sigh and you will laugh and I will cry
Happiness I cannot feel and love to me is so unreal
And so as you hear these words telling you now of my state
And so as you hear these words telling you now of my state
I tell you to enjoy life I wish I could but its too late."
A última quadra da melodramática "Paranoid", de 1971, dos Black Sabbath esconde por trás de uma aparente superficialidade da belíssima letra a magia de, na brilhante interpretação da banda e de Ozzy Osbourne no cantar dos versos, fazer quem a ouve partilhar a depressão e isolamento social e psicológico que lhe subjaz (o que não é simpático mas é bonito).
Ora, fazer passar um lamento pré-suicida numa canção up-tempo, e não na expectável balada arrastada, é obra. A canção é toda ela rage e a raiva está todinha lá, numa linha de baixo extraordinária de Geezer Butler em harmonia perfeitinha com a guitarra de Tony Iommi e a bateria de Bill Ward.
Noto que os Black Sabbath são confessadamente a minha banda de eleição (na fase 1970-78) e que, por essa razão e inerente responsabilidade não foi ainda objecto da devida e muito merecida postadela. Antevendo a inevitável pergunta "Mas onde é que tu vais buscar estas coisas tão esquisitas?", deixo já aqui a promessa de contar a história...
2 comentários:
Ah... e para qem ficar curioso, cá está o link: http://www.youtube.com/watch?v=_aIhh9nFYv4
Uma das minhas bandas favoritas (até à saída do Ozzy)!!
Só agora descobri este blog, mas vou voltar.
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