quinta-feira, 29 de maio de 2008

Songs of freedom

"Old pirates, yes, they rob I;
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the hand of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly."
Bob Marley & The Wailers
"Redemption Song"

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Re-descobertas




Prince & The New Power Generation
Diamonds & Pearls
Warner - 1991



"Diamonds and Pearls" não é um dos discos mais significativos do pequeno génio de Minneapolis. Quanto mais não seja porque foi ensombrado por aquele que lhe sucedeu, o disco em que Prince cantava "My Name Is Prince" mas assinava com um símbolo que não consta do meu teclado. Todavia, "Diamonds and Pearls" não deixa de ser importante. Em primeiro lugar, porque assinala a mudança da banda de apoio, da "Revolution" para a "New Power Generation", com um som francamente mais jazzy que a sua antecessora, mais negra. Em segundo lugar, porque do seu alinhamento consta "Get Off", um dos momentos altos de Prince, e outras grandes canções como "Cream", "Money Don't Matter 2 Night" ou aquela que dá título ao álbum.
Quando o disco saíu, em 1991, vivia eu o auge da minha adolescência, logo arranjei uma cassete pirata, que rodou até partir a fita magnética. Sabia as letras de cor mas não tinha noção da riqueza da música de Prince. Vale a pena ouvir outra e outra vez, porque sempre se descobrem coisas novas.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Zakk Wylde - Way beyond empty

Pura estética sonora

Em 1997, na sua casa de campo em New Jersey, enquanto recuperava do esgotamento que o afastou vários anos dos palcos, Keith Jarrett sentou-se ao piano, no seu pequeno estúdio, e tocou para a mulher (e teve a brilhante ideia de gravar) uma série de standards, simples, limpinhos de virtuosismos ou floreados.
É certo que nunca houve um pianista tão multifacetado como Jarrett, que, além da sua genialidade própria e única, reúne as melhores qualidades de antecessores como Thelonious Monk ou Vladimir Horowitz. É certo também que o que é mais característico em Keith Jarrett é o seu virtusismo e brilhante sentido de improviso, seja sobre uma pauta em branco, seja sobre o que quer que seja. Mas uma vida inteira de concertos quase diários deixou-o fisicamente esgotado e condenou-o ao síndrome de fadiga crónica que o afastou da ribalta.
A belíssima serenata que dedicou à sua mulher foi o primeiro passo da sua recuperação. Como primeiro passo, e vindo da fase em que vinha, Jarrett optou pela simplicidade. Mas até o mais simples, tocado por Jarrett, é sublime.


Keith Jarrett

"The Melody at Night, with you"

ECM - 1999

terça-feira, 20 de maio de 2008

De volta...

Quem me conhece sabe que eu sou um incontinente verbal. Quem não conhece e foi lendo o que para aqui deixei escrito… também deve ter reparado nisso.


Gosto de falar sobre música e, acima de tudo, partilhar a música e as opiniões sobre ela. Adoro sentir o feedback que aqui fui acicatando, seja o positivo, seja o negativo (mesmo o leitor furioso com a crítica ao novo disco dos Eagles e aquele ofendidíssimo com a comparação entre os Anjos e o Paulo Gonzo…).


Foram só três meses em que me contive, em que dediquei o meu teclado a outras andanças. Mas apetece-me voltar. Seja para dar as más notícias, como o facto de, mais uma vez, ir perder o concerto dos Iron Maiden, ou o facto de, mais uma vez, se realizar o Festival Eurovisão da Canção, sejam as boas notícias, como a discografia completa dos Doors a 5 Eur no Media Markt ou a descoberta da voz celestial de Richard Bona.


Obrigado por andarem por aí.

Vinyl.

E se, de repente e sem que ninguém esperasse...

Houvesse um retorno...

...Liv(f)e After Death



"That is not dead which can eternal lie

and with strange aeons even death may die."

in The Nameless City

H.P. Lovecraft