segunda-feira, 23 de julho de 2007

Amy Adega



Porquê que eu não gosto de Amy Winehouse?

Bom, a resposta não é complexa... Em abstracto, porque ninguém com menos de 40 anos, e ainda por cima branco, tem alma para cantar blues. Em concreto, porque a música que a rapariga canta não podia ser mais datada.

Das duas uma, ou a rapariga optava por recriar o magnífico repertório de blues e soul que existe para ser trabalhado, mantendo-se fiel ao original e adaptando uma estética consonante, ou então optava por uma modernização do mesmo estilo, como faz a Mísia, ou até a Mariza, com o fado ou como a malta de Seattle fez com o punk.

Agora, uma miúda armada em Pink, com um visual forinha estilo descuidado-cuidado, a cantar umas canções que não são mais do que pastiches dos clássicos, enfim, não bate a bota com a perdigota. Pelo menos alguma coisa está relacionada com outra: o nome, Winehouse (=adega).

Confesso que escrevo este post por revolta com uma notícia que vinha no "Público" de sábado, onde se dizia que a rapariga subiu ao palco a fazer jus ao nome, com uma monumental farda, e se esqueceu das letras das canções, vociferando para o microfone "fuck it, fuck it, fuck it".

É de mim, ou, para além de tudo isto, alguém não leva a sua profissão a sério e goza com o público que paga para a ver?

1 comentário:

Joana Blu disse...

Não imaginava a Adega a protagonizar uma cena dessas... Estou contigo, Vinyl :)