segunda-feira, 18 de junho de 2007

Exposição de motivos

Clave de Sol, meus caros amigos (não poderia abrir com um mero olá...).
Welcome aos Discos Perdidos. Depois de uma tímida entrada na blogosfera, meia desorientada pela virgindade nisto, e na involuntária pendência do meu blog para a música, decidi que mais vale assumi-lo, e a ela - a música na blogosfera - me dedicar em exclusivo.
Aviso desde já que não sei tocar uma nota (mas o Eddie Van Halen também não...), nem qualquer instrumento acima de campainha de porta (isso, o Van Halen já sabe...).
Mas... Desde muito novo que ouço muita, mas mesmo muita, música. E o meu percurso, que não foi minado por qualquer pretensiosismo profissional é, por demais, abrangente. Em míudo, era fanático por Abba (e o Kurt Cobain também era...) e Neil Diamond, que ouvia nas compilações que os meus pais compravam pelo Reader's Digest - grandes concertos que dei na escola primária!!! - depois, fui promovido a Madonna, no tempo do "Like a Virgin", Bryan Adams, quando dava em grande o "Reckless", esse grande sucesso que foi o "Born in the U.S.A." do Springsteen... Tudo isto sem perder de vista o grande pop (hoje muito em voga) dos 80's, Queen, Erasure, os grandes Communards, Culture Club e até ouvia (vergoooonha...) os Scorpions...
Chegado à adolescência, 15 anos em 1990, e apanhei a grande vaga do metal... A princípio, achava os Guns barulhentos, os AC/DC camionistas e os Sepultura gozo à sanidade mental. Qual puto que se deixa levar pelas modas, comprei o meu primeiro CD (de 600... originais...): Fear of the Dark, Iron Maiden. E foi a perdição, entrei pelo metal dentro...
Grande diferença para o people da minha idade... De vez em quando ainda ponho o Arise, dos Sepultura, e canto (grunho...) we're dead... Embryonic Cells!!! Tu, tu, tururu, Tu, tu, tururu...
Tal foi a panca com o metal, e o rock verdadeiro em geral (e a coincidência com a brilhante ideia do meu pai em comprar uma parabólica, com MTV, na altura do Headbanger's Ball, aquela coisa apresentada pela Vanessa Warwick, mulher do Ricky Warwick dos, grandes, The Almighty) e comecei a procurar a história: Black Sabbath (A Banda!!!), Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Iron Maiden, Judas Priest, enfim tudo menos os baladeiros pimba americanos (espera aí, os Poison até têm duas baladas tragáveis, Somerhing to believe in e o Stand... pronto, chunguita mas eu gosto... que se lixe...).
Depois do auge do Rock, apercebi-me que muitos amigos meus ouviam Jazz. Tentei, mas só dava razão à minha mãe... "Que horror!", dizia ela... "música de plástico...". Pois... Foi igual... Comprei o "A Few Useful Tips About Living Underground", do James Taylor Quartet (não o piroso, o teclista com o mesmo nome...). Entrei no jazz pelo acid jazz. Comprei uma compilação da Impulse, "The roots of acid jazz", descobri o Dizzy Gillespie, Miles, Coltrane... Perdi a cabeça...
Depois, veio a world music. Como fui avançando de fase em fase sem largar nenhuma para trás (talvez só os Queen e os Scorpions, dos quais tenho ainda o "Blackout" em vinil), descobri o Jeff Buckley, o supremo trovador, e pela biografia dele a sua paixão por Nusrat Fateh Ali-Khan... E pronto, eis-me na World Music... Flamenco, Qawwali...
Para quem teve a paciência de me ler até aqui, a minha ideia com este blog é partilhar os discos que conheci que não são tão consensuais como o Sgt. Peppers, o Köln Concert, o Nevermind, o Thriller, ou outros que tais... Ouçam-nos, e digam-me qualquer coisa. Ficaria feliz de proporcionar a outros a descoberta dos discos que me dão prazer...
Um grande, grande abraço deste vosso escriba.

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