Clave de Sol, meus caros amigos (não poderia abrir com um mero olá...).
Welcome aos Discos Perdidos. Depois de uma tímida entrada na blogosfera, meia desorientada pela virgindade nisto, e na involuntária pendência do meu blog para a música, decidi que mais vale assumi-lo, e a ela - a música na blogosfera - me dedicar em exclusivo.
Aviso desde já que não sei tocar uma nota (mas o Eddie Van Halen também não...), nem qualquer instrumento acima de campainha de porta (isso, o Van Halen já sabe...).
Mas... Desde muito novo que ouço muita, mas mesmo muita, música. E o meu percurso, que não foi minado por qualquer pretensiosismo profissional é, por demais, abrangente. Em míudo, era fanático por Abba (e o Kurt Cobain também era...) e Neil Diamond, que ouvia nas compilações que os meus pais compravam pelo Reader's Digest - grandes concertos que dei na escola primária!!! - depois, fui promovido a Madonna, no tempo do "Like a Virgin", Bryan Adams, quando dava em grande o "Reckless", esse grande sucesso que foi o "Born in the U.S.A." do Springsteen... Tudo isto sem perder de vista o grande pop (hoje muito em voga) dos 80's, Queen, Erasure, os grandes Communards, Culture Club e até ouvia (vergoooonha...) os Scorpions...
Chegado à adolescência, 15 anos em 1990, e apanhei a grande vaga do metal... A princípio, achava os Guns barulhentos, os AC/DC camionistas e os Sepultura gozo à sanidade mental. Qual puto que se deixa levar pelas modas, comprei o meu primeiro CD (de 600... originais...): Fear of the Dark, Iron Maiden. E foi a perdição, entrei pelo metal dentro...
Grande diferença para o people da minha idade... De vez em quando ainda ponho o Arise, dos Sepultura, e canto (grunho...) we're dead... Embryonic Cells!!! Tu, tu, tururu, Tu, tu, tururu...
Tal foi a panca com o metal, e o rock verdadeiro em geral (e a coincidência com a brilhante ideia do meu pai em comprar uma parabólica, com MTV, na altura do Headbanger's Ball, aquela coisa apresentada pela Vanessa Warwick, mulher do Ricky Warwick dos, grandes, The Almighty) e comecei a procurar a história: Black Sabbath (A Banda!!!), Led Zeppelin, Deep Purple, AC/DC, Iron Maiden, Judas Priest, enfim tudo menos os baladeiros pimba americanos (espera aí, os Poison até têm duas baladas tragáveis, Somerhing to believe in e o Stand... pronto, chunguita mas eu gosto... que se lixe...).
Depois do auge do Rock, apercebi-me que muitos amigos meus ouviam Jazz. Tentei, mas só dava razão à minha mãe... "Que horror!", dizia ela... "música de plástico...". Pois... Foi igual... Comprei o "A Few Useful Tips About Living Underground", do James Taylor Quartet (não o piroso, o teclista com o mesmo nome...). Entrei no jazz pelo acid jazz. Comprei uma compilação da Impulse, "The roots of acid jazz", descobri o Dizzy Gillespie, Miles, Coltrane... Perdi a cabeça...
Depois, veio a world music. Como fui avançando de fase em fase sem largar nenhuma para trás (talvez só os Queen e os Scorpions, dos quais tenho ainda o "Blackout" em vinil), descobri o Jeff Buckley, o supremo trovador, e pela biografia dele a sua paixão por Nusrat Fateh Ali-Khan... E pronto, eis-me na World Music... Flamenco, Qawwali...
Para quem teve a paciência de me ler até aqui, a minha ideia com este blog é partilhar os discos que conheci que não são tão consensuais como o Sgt. Peppers, o Köln Concert, o Nevermind, o Thriller, ou outros que tais... Ouçam-nos, e digam-me qualquer coisa. Ficaria feliz de proporcionar a outros a descoberta dos discos que me dão prazer...
Um grande, grande abraço deste vosso escriba.
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