terça-feira, 13 de novembro de 2007

O plástico e o éter


Com o ocaso anunciado do compact-disc, os consumidores de música estão em divergir em duas direcções: por um lado, a grande massa ouvinte que, convertida e agradecida, segue o fenómeno mp3, up's e downloads, e adere à febre do ipod, congratulando-se com a perda do suporte físico que, afinal, só servia para ocupar espaço lá em casa; por outro lado, os melómanos audiófilos, para quem a capa do "A Love Supreme" pendurada na parede é a mais importante peça de decoração da casa e teme pela perda das capas dos discos, dos booklets, de algo para ter na mão enquanto se ouve a música.

Este fim de semana, enquanto fazia turismo na minha própria cidade, descobri que as lojas de discos em vinil estão a aparecer como cogumelos. Tive na mão o "Kind of Blue", do Miles, e "Sabbath Bloody Sabbath" e "Vol.4", dos Black Sabbath, vi o "Never The Bollocks, Here's The Sex Pistols" numa prateleira, e na montra uma compilação de blues cantados pela grande Nina Simone. E não eram discos antigos, recuperados de uma qualquer colecção abandonada (o que até lhes dava algum misticismo...) eram cópias novinhas, a pedir por tudo para serem tocadas, olhadas, disfrutadas em pleno...

O Vinil está a regressar em grande, e o mercado está já muito à frente. Os discos andam entre os 10 e os 20 Euros. Este gira-discos é um Michell-Engineering, chama-se Odyssey e custa Eur 3.000,00...

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