É um facto inegável que desde 24 de Setembro de 1991, data em que foi lançado "Nevermind", que nada de novo se faz na música. O que não quer dizer que há 16 anos que não se faz música de qualidade. O que não se faz é qualquer coisa que não seja uma reciclagem do que já existia. O fabuloso Ben Harper é um Marvin Gaye dos tempos modernos, os White Stripes são uns Zeppelin-Clash hodiernos e a Diana Krall uma Carmen McRae, e por aí fora.
Entre todas as recriações, umas mais evidentes e assumidas, outras dissimuladas ou menos presentes, surgiram os Nouvelle Vague.
Os Nouvelle Vague são um colectivo francês que re-interpreta em ambiente bossanova uma diversidade de canções do imaginário pop-rock, numa estética muito bem conseguida. Dos Stones a Billy Idol, passando por U2 e Blondie, tudo é recriado em lounge, mas bem.
Como é hábito, todo e qualquer sucesso na música dá azo ao aparecimento dos copycat's, ou em bom português, macaquinhos de imitação. Desde Petra Magoni, que também o faz bem, até às compilações alemãs "Jazz & the 80´s", "Jazz & the 90's" e "Jazz & the 00's". Até já ouvi, em português, uma recriação de "Asas" dos GNR em bossanova... O que é demais, cansa um bocadinho.
Entretanto, esta euforia de recriação lounge fez-me lembrar o caricato e burlesco "Mike Flower Pops", que havia já feito, em tom de brincadeira, a recriação de "Wonderwall" e "Light My Fire", menos sério, mas igualmente válido.
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