Freddie Mercury (cujo nome verdadeiro era Farrokh Bulsara, nascido em 1943 em Zanzibar) morreu a 24 de Novembro de 1991. A notícia surpreendeu toda a gente, sendo de todo inesperada a morte de alguém que, goste-se ou não, tem o seu lugar cativo da história do rock.
Todavia, e no que à surpresa causada concerne, se é certo que Mercury não divulgou a sua doença, diagnosticada ainda nos anos 80 – apenas o tendo feito na véspera do seu decesso – não menos certo é que já o tinha anunciado, alto e bom som, através do álbum “Innuendo”, lançado pelos Queen em Fevereiro de 1991.
E de que modo o fez?
Ora, quer o álbum, quer a primeira faixa do mesmo, têm como título “Innuendo”, o que em inglês quer dizer insinuação, alusão. Imediatamente a seguir à canção “Innuendo”, como que materializando a insinuação que se pretende fazer, surge a faixa “I’m going slightly mad”, em que Mercury, consciente da fase final da doença em que se encontrava, canta “I’m one card short of a full deck, I’m not quite the shilling, One wave short of a shipwreck, I’m not my usual top billing, I’m coming down with a fever, I’m really out to sea, This kettle is boiling over, I think I’m a banana tree. Oh dear”, rematando a canção com a frase “And there you have it”. Prossegue o caminho, e na autobiográfica faixa “These are the days of our lives”, Mercury canta “Cause these are the days of our lives, They’ve flown in the swiftness of time, These days are all gone now but some things remain, When I look and I find no change.”
O recado a quem fica é deixado para o epílogo, “The Show Must Go On”. Ninguém reparou…
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