terça-feira, 4 de setembro de 2007

Operação ao ídolo para implante de superstar.


Agora que estamos perante mais uma reciclagem deste novo formato televisivo do “venha-cá-fazer-figura-de-urso-e-pode-ser-que-se-safe” que é o “Família Superstar”, e na iminência do início de uma nova “Operação Triunfo”, acho que não seria despiciendo deixar por aqui uns bitaites acerca da relação música/televisão nesta sua faceta de amadorismo (dos concorrentes, claro…).

Com as editoras cada vez mais fechadas, e muitas delas cada vez mais perto de fechar, este tipo de programas acaba por ser a única porta de entrada no mundo da música (e da representação, que são realidades que, no nosso burgo, cada vez mais se confundem, no que me apraz chamar o crescente fenómeno da floribellomoranguização).
Mas uma porta enganadora.
Até ver, ainda nenhum dos produtos dos formatos em apreço triunfou e se tornou um verdadeiro ídolo. Os sucessivos ídolos, Operações Triunfo e afins passaram a ser um reservatório de cantores para as sucessivas galas comemorativas de não-sei-o-quê e do natal dos hospitais, e ainda dos programas das manhãs, tardes e madrugadas das televisões (o que abarca toda a programação excepto telejornais, telenovelas e os próprios concursos).
Enquanto espectador, gosto de ver. Gosto de ver pessoas com star quality (acho que foram eles que inventaram este adjectivo...), com boas vozes, com boas escolhas de canções. Gosto de ver, com a mesma curiosidade mórbida com que o típico tuga pára para ver se há mortos nos acidentes de automóvel, as figuras caricatas que as produções lá põem e acicatam. Fico contente por, de vez em quando, aparecerem alguns jurados que sabem alguma coisa de música, como o Tozé Brito ou o Ramon Galarza.
Por mim, vou vendo...

1 comentário:

Luna disse...

Toca a aplaudir o primo..