Músicos há que encerro numa categoria a que chamo “nim”. Já gostei e já não gosto, não gostava mas agora gosto, e assim flutuam neste limbo de minha vontade em ouvi-los.
Não gosto dos Queen rock chunga, mas não resisto a “Don’t Stop Me Now”. Acho que o Mark Knopfler canta fraquinho e tem uma creatividade limitada, mas gosto de ouvir o “Alchemy”. Não gosto de Pink Floyd (a banda mais sobrevalorizada do mundo), mas deixo não de estalar os dedos ao som de “Money”, de “The Dark Side of The Moon”.
Isto para chegar aqui:
Um destes dias peguei no 1.º volume de “Live 1975-85”, do “Boss” Springsteen e da sua “E Street Band”. Há que reconhecer que, apesar de “Dancing In The Dark”, ouvi o paradigma do trovador americano. “Fire” e “I’m on Fire”, piromania à parte, “My Hometown”, “The River”, "Born to Run". Grandes canções que mostram que (oh! Sacrilégio) Springsteen mete Dylan num saco. Aliás, a estatuição de Dylan como primeiro trovador da pop da segunda metade do Século XX é, tão só e apenas, uma decorrência de "time & place". Fosse Springsteen anterior e veríamos… (isto claro, salvo o – admissível – entendimento segundo o qual sem Dylan não haveria Springsteen). De todo o modo, soube bem recordar a simplicidade e eficiência com que o "Boss" arrebata multidões, sem show-off, só com música.
Aqui vai uma amostra.
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