Um dia escrevi por aqui, a propósito de fado, que o disco da Mariza com o Jacques Morelenbaum era muito bom, sobretudo nas partes em que ela não cantava. A opinião, por ora e por maior respeito que a Mariza mereça, mantém-se.
Não obstante a minha aversão ao fado, seja ele o de Lisboa, chato, seja ele o de Coimbra, chatérrimo, fui, cheiinho de curiosidade, ouvir o novo disco de Rabih Abou Khalil. O libanês, supra sumo do oud, que descobriu aquele desgostoso género musical e resolveu fazer um disco de fusão do mesmo com a música do médio oriente. Ainda antes de o ouvir, peguei na caixa do cd, e notei-a – o que muito apraz – dentro da estética típica de todas as suas obras. (Diga-se que, enquanto escrevo estas linhas, toca “Blue Camel”, de 1992, obra maior de Khalil). Olhei para o nome das canções e, eis senão quando, reparo aí constar a criatividade boçal de um… “No mar das tuas pernas”. Após num primeiro momento ter hesitado se não teria pegado, por engano, num cd do Tony Carreira, confirmei… Nada de bom augurado, e dando de barato que Khalil não fala português, fui ouvir.
Ora, por mais que divagasse, a opinião redundaria sempre no mesmo, pelo que aqui vai ela, sucinta: o disco é muito bom, tirando as partes em que é cantado. Não o comprei. Espero pelo próximo.
domingo, 21 de setembro de 2008
Triste fado o do fado...
"Em Português"
Enja - 2008
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