"Pensei muito em escrever um texto para apresentar este disco. As idéias foram as mais variadas e cheguei a achar, em determinado momento, que a linguagem literária era muito limitada quando comparada aos sentimentos, sobretudo aqueles que vivemos no momento criativo. Felizmente, considerei a minha incapacidade de escrever sôbre um dos momentos mais felizes, tranquilos, densos e criativos que já consegui expressar através da música. Quanto ao texto que deveria escrever, me limito a dizer que a qualidade da resposta é relativa ao tempo de sedimentação da questão, por isso me calo, esperando que a música possa falar deste momento que tanto representou para a minha vida." Egberto Gismonti, na contracapa de "Solo".
Egberto Gismonti
Solo
ECM - 1979
Acabei de o ouvir, agora, bem alto numa sala quase escura, em vinil.
Faltam-me os adjectivos para descrever o puro êxtase do momento.
Ouvir, ou melhor, sentir cada nota deste disco, sentir a vibração de cada corda, seja ela da guitarra ou do piano de Gismonti, nestas condições, é uma experiência transcendental arrebatadora.
(pequena pausa na escrita... fui pô-lo a tocar outra vez...).
Nada mais tenho a escrever, além da música - celestial - fique o que Egberto diz no texto supra, e nada mais.
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