sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Uma pausa na pausa



Uma pausa na pausa, porque todas as manhãs, no caminho para a casa de banho, a primeira imagem que me aparece à frente é esta, comprada no Allposters, emoldurada e pendurada na parede do meu corredor, logo à saída da porta do quarto.

Todas as manhãs olho para o pensativo Coltrane, e de há uma semanita para cá que, mal chego ao escritório, ponho o "Blue Train" a tocar. Como já aqui adjectivei o "Beyond The Missouri Sky", o "Blue Train" é não menos do que pura estética sonora.

Mais não escrevo por ora, porque mantenho o propósito do mês sabático dos Discos Perdidos. If you don't mind, vou continuar para aqui, instalado na primeira classe do trem azul, aquele que tem a virtualidade de, por si, inverter qualquer tendência blue que paire sobre o espírito de quem nele viaja.

John Coltrane

"Blue Train"

Blue Note - 1957

(The Rudy van Gelder Edition - 2003)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Pause ||

Os discos perdidos voltam em Setembro. Ficam prometidas mais surpresas e novidades, e mais Discos Perdidos ao Vivo. Até lá.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

The Ramones

Ontem à noite, alguém dizia em tom jocoso: "sabes que o não sei quantos gosta de Ramones?" Torci-me todo por dentro...

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

So 80's...

"I've been looking so long at these pictures of you that I almost belive that they're real (...) Remembering... You standing quiet in the rain... As I ran to your heart to be near... And we kissed as the sky fell in... Holding you close... How I always held close in your fear"

"Pictures of You"

The Cure

Disintegration - 1989

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Chatid

Estou fartinho desta onda de José Cid Revival. Acham que um tipo que diz que "A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro. Todos os países têm o seu dinossauro. Os franceses têm o Johnny Halliday, os espanhóis o Miguel Rios. Ambos são uma porcaria ao pé de mim. Sou infinitamente melhor do que eles e tenho uma melhor estética." (José Cid, in Pública, 2003) merece que lhe dêm trela?
E há mais, na mesma entrevista à Pública disse, de peito feito, "Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu."


Se insistirem muito nesta ideia parva de ressuscitar monos (excepção feita ao génio visionário António Variações), proponho outro arista de semelhante carisma, ainda vivo e no activo (e com muito mais pinta nas fotografias do que o Sr. Cid):





Nel Monteiro




A música mais estúpida do mundo



A propósito das cançonetas da silly season, lembrei-me daquela que é, de longe, a música mais estúpida do mundo: "I Love You Period", de 1991, de Dan Baird.

Promissor, o título do álbum da qual ela foi o single de avanço, qualquer coisa como "canções de amor para surdos", sintomático...

A cretinice da letra fala por si. Começa por contar a história de um aluno que tinha um fraquinho pela professora. Com a elegância de um elefante e o charme de um tamboril, começa a expor os seus motivos: "I had a certain teacher, I always tried to impress her. When she stood up in the classroom, I would mentally undress her". Bom princípio, sim senhor! Isto promete! Mas, não. Afinal o que ele queria da professora era ajuda para escrever melhor. A música dá um triplo salto mortal encarpado à retaguarda e passa o rapaz a queixar-se que ... "I was havin' trouble meetin' girls, I never knew the things to say. Soon I had 'em all overwhelmed, when they heard me talk this way, like this:" - E pimba, aí vai a obra de arte, que com toda a certeza pôs todas as raparigas da terra dele aos seus pés (sim, porque o rapaz agora sabia escrever!) - " I love you period. Do you love me question mark. Please, please exclamation point. I want to hold you in parentheses." Arrebatador.